domingo, 9 de novembro de 2014

Afirma Pereira - O tempo das limonadas

Chegou o tempo de Afirma Pereira, quer dizer, chegou o tempo das Limonadas, a bebida que Pereira consumia no café Orquídea. Leiam o artigo Chegou o tempo das Limonadas, do Jornal Público, que fala com saudade desta gostosa bebida.

Fonte: etiquetada para reutilização:
http://en.wikipedia.org/wiki/Ade_%28drink_suffix%29


E se ficaram com vontade de fazer já uma limonada para acompanhar a leitura, é só seguirem as instruções do vídeo em baixo.

E fazerem de conta que estão no tal café Orquídea, na rua Alexandre Herculano, de Lisboa.


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Afirma Pereira - Sessão de debate

Como podem ler no site da escola, nos próximos 11 e 12 de novembro será a primeira sessão do clube de leitura, sobre Afirma Pereira, de António Tabucchi.
 
 
 
A sessão dia 11 (turmas da manhã) será às 12h00 na sala 11.
 
A sessão do dia 12 (turmas da tarde) será às 20h10, na sala 5. 
 
Podem participar, quer tenham, quer não tenham lido ainda o livro. 
   
Aqui podem ler uma reportagem da Visão sobre Tabucchi e a sua relação com Portugal.
 
Na biblioteca já há exemplares de Neighbours, de Lília Monplé, uma das seguintes propostas de leitura. Se alguém quiser ir lendo, agora é um bom momento para ir fazendo a requisição.
 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

O Baile (Nuno Duarte / Joana Afonso) - Banda desenhada


Esta banda desenhada leva-nos ao ano 1967, em plena ditadura do Estado Novo.

Como podem ler nesta sinopse, o autor mergulha no mundo rural, numa aldeia piscatória, "desta vez para contar uma história em torno de um grupo de Zombies pescadores, onde o misticismo e a decomposição corporal imperam".

Ventos do Apocalipse (narrativa moçambicana)

Em Ventos do Apocalipse, Paulina Chiziane debruça-se sobre a Guerra Civil moçambicana, incorporando o ponto de vista das mulheres sobre o conflito.

Nesta ligação podem ler um trabalho da pesquisadora brasileira Rosilene Silva da Costa sobre este livro. 




Cá em baixo, podem ver também uma entrevista à autora, onde ela fala do seu relacionamento com a escrita, e não só:




segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Pessoa e Cia - de Laura Pérez Vernetti (Banda desenhada)


Fernando Pessoa e os seus heterónimos num formato diferente do habitual: A Banda Desenhada. Ninguém melhor do que a própria autora para apresentar o livro, neste excerto que tiramos da contracapa do mesmo:

Dividi esta novela gráfica em duas partes principais: uma a preto e branco para a biografia de Pessoa (...), e outra a cores para os seus poemas que adaptei a Banda Desenhada, de forma a expressar a grande criatividade e imaginação da obra deste escritor (..) Na segunda parte do livro a cores ilustro poemas e textos de cada um dos quatro heterónimos de Pessoa: Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Bernardo Soares (Laura Pérez Vernetti)

 

O Bairro, de Gonçalo.M.Tavares (Narrativa portuguesa atual)



Fonte da imagem: bisleya.blogs.sapo.pt



Gonçalo M Tavares (Luanda, agosto de 1970) é um dos escritores mais prolíficos das últimas décadas em Portugal. De toda a sua extensa obra, escolhemos a série O bairro para as prateleiras da nossa biblioteca. O bairro são duas séries de 10 livros, cada um deles dedicado a um "senhor": senhor Valery, senhor Calvino, etc. É uma ótima escolha para distribuir a leitura entre dez - ou mais - pessoas diferentes, e depois reconstruir o bairro no seu conjunto.





domingo, 17 de agosto de 2014

Do branco ao negro - (Literatura portuguesa atual)

Nesta antologia, cada uma das escritoras escreveu um conto com base numa cor. As formosas ilustrações de Rita Roquette de Vasconcellos fazem jus ao caráter plástico desta proposta de leitura.

A lista de autoras dificilmente poderia ser mais completa, fazendo deste livro uma janela à literatura escrita por mulheres no Portugal das últimas décadas.



Contos policiais - VVAA

Esta antologia de contos policiais, coordenada por Pedro Sena-Lino e publicada em 2008, inclui contributos de alguns dos melhores escritores e escritoras da literatura portuguesa atual: Dulce Maria Cardoso, Francisco José Viegas, Gonçalo M. Tavares, Hélia Correia, Mafalda Ivo Cruz, Mário Cláudio, Rui Zink, Valter Hugo Mãe e Miguel Gomes. 




O romance policial não é o género habitual da maioria destes autores (exceto no caso de Francisco José Viegas, que sim tem muitos títulos do género). É por isso que a antologia não irá ao encontro apenas do gosto daqueles que gostam de policiais, mas também poderá sugerir o aprofundamento nas obras de alguns dos autores elencados. 


A Grande Arte - Romance Policial


A Grande Arte é um dos romances mais conhecidos de Rubém Fonseca, o mais conceituado escritor de policiais do Brasil. O livro, publicado em 1983, foi durante meses um dos mais vendidos no Brasil. Em 1991, o livro viraria filme, com realização de Walter Sales. 



A leitura do Rubém Fonseca não deixará indiferente ninguém, pelo que aconselhamos vivamente que vão requisitar já o livro na biblioteca. No vídeo em baixo, Rui Zink defende este livro como "O melhor da sua vida".


Também podem ler aqui um resumo do livro.

sábado, 16 de agosto de 2014

Amada Vida, de Alice Munro

Este livro de relatos da escritora canadiana -- laureada com o Prémio Nobel em 2013 -- é o único que se debruça abertamente sobre aspetos autobiográficos da autora, que cresceu no estado canadiano de Ontario.

Os relatos de Alice Munro centram-se na vida quotidiana das personagens, iluminando aqueles cantinhos da alma humana que costumam passar despercebidos noutras narrativas. É por esta atenção aos detalhes da vida humana que Munro tem sido chamada a Chekov da literatura canadiana.


A leitura com certeza não dececionará - mais obras da autora foram traduzidas para português, para o caso de que alguém queira aprofundar mais na literatura da canadiana. O clube de leitura Tuga-Lugo-Lendo leu Fugas, e foi um grande sucesso.

Podem ler aqui um artigo do jornal Expresso sobre Amada Vida.



Ventos do Apocalipse, de Paulina Chiziane

Paula Chiziane gosta de dizer que os seus romances, baseados na tradição oral, são antes "histórias" do que romances propriamente.

Ventos do Apocalipse tem por cenário a guerra civil moçambicana, contada do ponto de vista das mulheres e do impacto do conflito na sociedade desse país da África Austral.




Este artigo da investigadora Adriana Souza de Oliveira é uma breve análise da obra. 

E vejam aqui uma entrevista com a autora.


Persepolis de Marjane Satrapi

Persepolis é uma conhecida Banda Desenhada da autora iraniana Marjane Satrapi.




O livro é uma autobiografia da autora, onde se dá testemunho das mudanças políticas ocorridas no Irão da época, com a passagem da monarquia do Sha para a república islâmica. O ponto de vista é o de uma menina de classe alta, filha de pais progressistas partidários do islamismo moderado. No decorrer da história transparecem as inquietações inteletuais da menina - notáveis para alguém da sua idade - e a sua desbordante imaginação.

A grande quantidade de diálogos que tem a BD fazem dela um género ótimo para aprender língua.



No Youtube é possível aceder a diversos vídeos relacionados com a BD e o filme de animação que foi feito com base nela.





A desumanização de Walter Hugo Mãe - Literatura Portuguesa Atual

Este romance de Walter Hugo Mãe decorre na Islândia, país que despertou o fascínio do autor desde que era criança. 


Eis a sinopse do livro que fornece a Porto Editora: 

«Mais tarde, também eu arrancarei o coração do peito para o secar como um trapo e usar limpando apenas as coisas mais estúpidas.»

Passado nos recônditos fiordes islandeses, este romance é a voz de uma menina diferente que nos conta o que sobra depois de perder a irmã gémea. Um livro de profunda delicadeza em que a disciplina da tristeza não impede uma certa redenção e o permanente assombro da beleza.

O livro mais plástico de Valter Hugo Mãe. Um livro de ver. Uma utopia de purificar a experiência difícil e maravilhosa de se estar vivo.


Aqui podes muitas opiniões sobre o livro.

A SIC noticiou a presença do autor na Islândia:



E eis um vídeo de apresentação da obra: 


As duas Águas do Mar - Francisco José Viegas (Romance Policial)


Gostam de ler Agatha Christie? Porquê não ler policiais de grande qualidade em português?

O escritor transmontano Francisco José Viegas localizou este romance na Galiza e nos Açores, aonde viajamos da mão dos inspetores Jaime Ramos e Filipe Castinheira. Podem ler aqui uma recensão mais comprida do livro.


Escritoras Moçambicanas - Niketche, de Paulina Chiziane



 [Sinopse abaixo tirada do site da Companhia das Letras]

http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=11805


Niketche conta a história de Tony, um alto funcionário da polícia, e sua mulher Rami, casados há vinte anos. Certo dia, Rami descobre que o marido é polígamo: tem outras quatro mulheres e vários filhos. As esposas de Tony estão espalhadas pelo país: em Maputo, em Inhambane, na Zambézia, em Nampula, em Cabo Delgado. Numa decisão surpreendente, Rami decide ir atrás das mulheres do marido.

O romance retrata a busca de Rami como uma incursão pelo desconhecido e uma tentativa de lidar com a diferença, simbolizada pelas amantes do marido. Niketche é uma das danças do norte de Moçambique, extremo oposto de onde mora Rami. Ritual de amor e erotismo, a dança é desempenhada pelas meninas durante cerimônias de iniciação.

Narrado em primeira pessoa por Rami, o livro alterna bom humor e lirismo. Neta de uma contadora de histórias, Chiziane herdou da avó o talento narrativo para construir histórias simples e envolventes sobre a vida cotidiana em seu país.

Aqui podem ler sobre a experiência de leitura deste livro por um clube de leitura no Brasil. 

domingo, 22 de junho de 2014

27 de junho: O Crânio de Castelao

O verão já cá está, mas o departamento de português e o clube de leitura Léria ainda não penduraram as botas.

Na sexta 27, às 18h00, debateremos sobre O Crânio de Castelao com Carlos Quiroga, um dos autores desse livro que envolveu escritores de diversos lugares da Lusofonia. Não faz falta ter lido o livro para participar. 





 

Às 19h15 faremos propostas de leitura para o verão e apresentaremos as últimas aquisições de livros do clube. Debateremos também sobre as melhorias que se podem introduzir no clube para o ano próximo.

Têm por casa algum livro em português que já leram e gostavam de trocar por outro? Tragam: haverá uma banquinha para que façam o troca-troca de livros.

E às 19h45 é a festa de despedida do ano académico. Já podem ir metendo as mãos na massa: animamos a que tragam alguma coisa para petiscar ou beber.

Mas se não tiverem tempo para cozinhar, não façam cerimónia e venham na mesma dar à língua! Apareçam!


Abraço

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Debaixo de algum céu, de Nuno Camareiro


* Podem requisitar  este livro na biblioteca Ângelo Casal. Proximamente também estará na nossa biblioteca.

Tudo se passa numa povoação encostada ao mar a alguns quilómetros de uma cidade média. De inverno vivem ali pouco menos de dois mil habitantes, entre pescadores, gente pobre, famílias fugidas da urbe e alguns homens estranhos, apaixonados pelo mar ou desiludidos do resto.

Um prédio chegado à praia e um inverno pesado e frio, de cobertores húmidos e doenças nos pulmões que silvam ao respirar. O mar ouve-se de bravo e, quando não é o mar, é o vento a imitar-lhe a raiva. Dentro do prédio procura-se calor no que há: caldeiras, corpos e alimento.

Neste cenário decorre Debaixo de Algum Céu, de Nuno Camareiro. O tempo é o que vai de um 25 de dezembro a um 1 de janeiro. 



As personagens são os moradores do prédio: o padre Daniel; a família de Bernardino e Manuela; Margarida, viúva, com os livros do marido holandês na sala; Adriano e Constança com a bebé Diana; e no rés-do-chão, David, o inquilino que mais se esconde.

Marco Moço anda à procura de despojos por aquelas praias – aquilo que na Galiza é chamado de crebas: o mar devolve à terra. Com os despojos, Marco Moço quer construir uma máquina para apanhar memórias.

Uma história são pessoas num lugar por algum tempo, diz-se algures no início do livro. O lugar não tem neste caso nome concreto – o leitor é que ativa o GPS das suas lembranças: como em Portugal e na Galiza não faltam lugares assim, acaba por imaginá-lo com nitidez.

O mar é que está sempre presente, ajudando com os seus despojos a fazer algum sentido desse quebra-cabeças de memórias e desejos que é qualquer Natal. Um mar aberto e imenso, como o dos poemas de Sophia Mello de Breyner Andresen, também citada neste livro.

Para quem vive no Purgatório, como estas criaturas em crise permanente, o caminho para o céu ou para o inferno depende apenas dos gestos mais pequenos, aqueles que garantem a sobrevivência e conseguem resgatar os despojos de amor que conseguem dar sentido à vida:

O amor não é fácil em nenhuma idade e dói tanto ceder-lhe como fugir-lhe. Mas o amor é o que há, e eu estou velho para morrer sozinho.

Do emaranhado de histórias deste livro, levantamos da areia a ironia delicada das palavras de Nuno Camareiro, que às vezes se aproximam da poesia sem chegar nunca a enjoar – essa qualidade na linguagem foi um dos argumentos para a atribuição do prémio Leya de 2012 ao livro.

Sou pobre, mas de sentimentos delicados, diz Colometa, a protagonista de La Plaça del Diamant, de Mercé Rodoreda. O mesmo podemos dizer das personagens que sobem e descem as escadas deste prédio, Debaixo de algum céu.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

O Crânio de Castelao já chegou à EOI

O clube de leitura continua com O Crânio de Castelao. Os exemplares já estão disponíveis na biblioteca.

Dentro do género policial, o livro narra o roubo do crânio do Museu do Povo Galego em Compostela, e a subsequente procura do mesmo por um estudante de medicina. Na redação deste romance coletivo participaram escritores galegos, portugueses, cabo-verdianos, brasileiros, angolanos e timorenses.

A sessão de debate será no dia 27 de junho, por volta das 19h00 (confirmaremos a hora definitiva). Ainda não podemos confirmar, mas esperamos contar com a presença de algum dos autores.


 Aproveitaremos a última sessão do clube para celebrar uma pequena festa de despedida do ano académico, onde serão muito bem-vindos todos os estudantes de português e/ou doutras línguas. Iremos avançando mais informações sobre este evento.





domingo, 18 de maio de 2014

Neighbours, de Lilia Momplé - (Percurso Autoras Moçambicanas)

Neighbours está na biblioteca da EOI, dentro do percurso de leitura Autoras Moçambicanas. 

Não sei o que surpreende mais ao pegar neste livro: o título em inglês, o quadro da pintora Catarina Temporário na capa; ou o subtítulo: Quem não sabe de onde vem, não sabe onde está nem para onde vai. 



"Neighbours" não é uma série de TV estadunidense, mas um romance desses que nos interrogam e desassossegam.

Na década de 80 do século passado, agentes sul-africanos, viajaram a Moçambique com a encomenda de perpetrar assassínios, em retaliação pelo acolhimento dado em Moçambique a membros do CNA (Congresso Nacional Africano), que naquela altura combatia o Apartheid. Em muitos casos o alvo dos ataques eram os vizinhos dos refugiados, e não eles próprios.

O Moçambique retratado neste livro ainda não chegara aos dez anos de independência, e estava submerso numa guerra civil que irá até 1992. A par da violência, o povo vive submerso em grandes dificuldades económicas, quando não mesmo miséria. A capital Maputo sofre grandes problemas de abastecimento, e os trabalhadores não têm poder de compra para ir além de uma alimentação mínima:

Com efeito, a farinha de milho e o repolho e, por vezes, o carapau congelado, têm sido, durante os três últimos anos, os únicos produtos acessíveis no mercado de Maputo. Quanto ao resto, ou não existe ou é vendido na candonga ou na Interfranca a cooperantes ou a uns tantos moçambicanos privilegiados ou ladrões. O trabalhador comum tem de contentar-se, diariamente, com a infalível upswa e o repolho que, na gíria popular, se tornou conhecido pelo agradecido nome de "se não fosses tu. 

A narrativa aproxima-nos tanto das vítimas quanto dos assassinos, em capítulos estruturados consoante as horas do mesmo dia. São méritos do livro esse  vaivém entre as luzes e as sombras, e a aproximação aos fatores humanos de um crime politicamente motivado.

Ora, as mulheres é que são as grandes protagonistas do romance. É frequente terem sido arrastadas a matrimónios com homens que pouco se importam com elas, quando não são abertamente infiéis ou mesmo violentos. Só nalguns casos essas mulheres se sobrepõem ao seu destino: a Muntaz que consegue estudar medicina sem apoio da família; a Leia que, depois de um casamento de conveniência, encontra um companheiro digno em Januário; ou a Mena que denuncia o assassínio que o seu marido está envolvido.


Com a história de Moçambique como pano de fundo, Neighbours é antes do mais a narrativa das pessoas concretas que acabam por ser vítimas de esquemas alheios a elas. Apesar da dureza das condições, sempre resta uma margem para a escolha entre o bem e o mal. 

Lilia Momplé também nos oferece um lampejo dos usos e costumes do país, no que toca, por exemplo, às comidas, relações de casal, coexistência entre línguas diversas, ou até as dificuldades para alugar um apartamento em Maputo. O glossário final é de grande ajuda, mas as dificuldades de vocabulário nunca chegam a atrapalhar a leitura.

Enfim: só têm de ir à biblioteca e começar a ler. Recomendo mesmo este Neighbours.







sábado, 3 de maio de 2014

Miguel Torga, Contos da Montanha

No dia 13 de maio (20h00) teremos a sessão de debate sobre os Contos da Montanha de Miguel Torga, um dos clássicos do autor transmontano.

Querem petiscar algum continho do livro antes de irem à biblioteca?  Podem ler aqui um dos mais conhecidos, o seu Maria Lionça. E eis o Torga a falar deste conto. 



Da mão de Torga somos levados à sociedade rural-tradicional de Trás-os-Montes, com todas as suas grandezas e também misérias, como assinalou uma leitora. Alguns de vocês porventura reconhecerão no vocabulário de Torga palavras que já ouviram na vossa infância e ficaram arrumadas numa gavetinha da memória.


exemplares do livro na biblioteca, e animamos muito a requisitá-los. Ora, não faz falta ter lido o livro para frequentar o debate.

Podem ver aqui um documentário sobre a biografia de Torga.

E aqui, um vídeo com o autor a ler alguns poemas.




No blogue Lusopatia há uma resenha da experiência de leitura deste livro pelos membros do clube Santengracia, de ex-alunos da EOI de Compostela. 


Apareçam!


Capitães da Areia, de Jorge Amado

O clássico do brasileiro Jorge Amado foi a nossa terceira leitura. Capitães da Areia conta a história dos meninos da rua de Salvador de Bahia.

Capitães foi escrito na década de 1930, na primeira etapa da obra do autor, marcada pelo tom social. Ora, a vitalidade de Jorge Amado é tanta, que as aragens de esperança e liberdade acabam sempre por prevalecer.

A sessão de debate foi no dia   de março. O êxito do livro foi consensual. 


O último cais, Helena Marques


Helena Marques publicou o seu primeiro romance em 1992, quando já tinha 57 anos.

A este seguiram-se, entre outros, A deusa sentada (1994), Terceiras Pessoas (1998), Os Íbis Vermelhos de Guiana (2002), Ilhas contadas (2007) e O bazar alemão (2010). As ilhas, as viagens e as relações familiares são uma constante na obra desta autora.

O Último cais é a história de uma família da Madeira ao longo de várias gerações. Narrado prioritariamente do ponto de vista das mulheres, o livro toca temas como a luta contra a escravatura, e emancipação das mulheres, ou o advento da Primeira República a Portugal.

A sessão de debate sobre o livro foi a 21 de janeiro de 2014. Animamos quem ainda não leu, a requisitar o livro na biblioteca da EOI.


sexta-feira, 2 de maio de 2014

Os da minha rua, Ondjaki

O clube Léria iniciou o seu andamento com este livro do Ondjaki, feito de estórias da infância do autor em Luanda. A sessão de debate foi no dia 17 de dezembro de 2013.

Pouco tempo antes da sessão, a 28 de novembro, o autor visitou a livraria Ciranda, e lá estiveram algumas das pessoas que participaram no clube. Essa visita coincidiu, por sua vez, com o aniversário do escritor, para o qual se organizou uma ceia na Nave de Vidam.